João Ramos foi o grande vencedor da Baja TT do Pinhal. A prova organizada pela Escuderia Castelo Branco, e disputada nos concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã, revelou-se um grande desafio para os pilotos, de princípio ao fim. O piso bastante escorregadio exigiu muito dos concorrentes nos mais de 300 quilómetros ao cronómetro.
Na Baja TT do Pinhal, que marca o arranque do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, João Ramos venceu todos os sectores selectivos. O piloto começou assim da melhor maneira um ano em que tem como objetivo ser campeão nacional. “Não se pode começar de melhor forma. Ganhei o rali e todos os sectores selectivos, o que também é muito bom porque fui buscar um ponto a cada um deles. Por isso, consegui obter o pleno a nível de resultado”, frisou João Ramos.
No final, deixou ainda uma palavra para organização, a Escuderia Castelo Branco: “Foi uma prova muito complicada dadas as intempéries, mas a organização não tem culpa disso. Quero dar os parabéns à organização, não pelo meu testemunho, porque eu não sei avaliar a questão do road book, mas pelo Vítor Jesus, que diz que está de parabéns pela qualidade do road book”, destacou o vencedor.
Apesar da vitória em todos os sectores selectivos, esta não foi uma prova fácil. Depois de vencer o prólogo e o sector selectivo 1 (SS1) no primeiro dia, João Ramos teve problemas ainda antes de começar este segundo dia da Baja TT do Pinhal. À saída do parque fechado para o SS2 a sua Toyota Hilux não pegou, com o piloto a ser ajudado por vários concorrentes, e só quando rebocado por Hélder Oliveira, a Hilux ganhou ‘vida’. A situação converteu-se numa penalização de seis minutos para João Ramos.
Nos 102,25 km do SS2, o piloto portuense voltou a ser o mais rápido, ganhando uma vantagem que lhe permitiu manter o primeiro lugar com cerca de três minutos, mesmo após ser penalizado. Este foi um sector decisivo, já que os principais adversários na luta pelo triunfo ficaram pelo caminho. Nuno Matos, então segundo, desistiu com uma transmissão partida no seu Opel Mokka Proto, e Pedro Dias da Silva, que era terceiro, com problemas de embraiagem no seu Mazda Proto. Foi neste contexto que João Ramos partiu para os 113,28 km do SS3. Adotando um ritmo constante, sem arriscar em demasia, e confirmou o triunfo na Baja TT do Pinhal, após voltar a ser o mais rápido.
Pedro Ferreira terminou na segunda posição, lugar a que ascendeu após as desistências de Matos e Dias da Silva, e que soube segurar até final. Uma tarefa nada fácil para um piloto que se estreou com uma nova máquina, o Ford Ranger com que Ricardo Porém, ausente este ano, foi campeão em 2017. Hélder Oliveira, em Mini Paceman, fechou o pódio. O piloto de Barcelos fez uma grande recuperação neste segundo dia da prova organizada pela Escuderia Castelo Branco, subindo de sétimo para terceiro da classificação geral.
O agrupamento T2 foi dominado por Rui Sousa, oitavo classificado da geral. O piloto, atual campeão em título, não deixou créditos por mãos alheias e foi o mais rápido em todos os sectores selectivos, ao volante de uma Isuzu D-Max. Imediatamente atrás, em nono, ficou Hugo Raposo, que ao volante da sua Nissan Navara obteve a vitória no agrupamento T8.
A Baja TT do Pinhal marcou também o arranque do Desafio Total/Mazda, competição que partilha as mesmas seis provas do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno. O vencedor foi Francisco Gil, em Mazda Proto, piloto que terminou no 11º lugar da geral. Já na Taça de Portugal de Todo-o-Terreno foi Tiago Santos, em Land Rover Defender, a assegurar o triunfo.
Em mais uma edição, a Baja TT do Pinhal garantiu um início de Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno em pleno, com muita competição ao cronómetro e uma extensa lista de participantes.
Verifique as classificações completas na seguinte ligação:
http://ecb.cronobandeira.com/index.php?lang=0&evento=4&local=261&rfr=1