Três questões a Nuno Matos, líder do Nacional de Todo-o-terreno

Nuno Matos e Filipe Serra lideram o Campeonato Nacional de Todo-o-terreno após quatro provas e quando apenas faltam disputar duas, colocámos três questões ao piloto do Opel Mokka Proto.

1. Decorridas as quatro primeiras provas e estando na liderança do Campeonato quais os objetivos para as últimas duas provas?

Estando no comando do campeonato, o objetivo só pode ser o de mantê-lo até ao final. Sabemos que não será fácil, basta recordar que o ano passado por esta altura também éramos líderes mas em Idanha e Portalegre as coisas não nos correram como gostaríamos e acabámos por ser vice-campeões. Mas também por isso tentaremos preparar-nos o melhor possível para que tudo esteja a 100% para as duas últimas provas por forma a podermos lutar até ao último quilómetro por esse objetivo. Quer Idanha quer Portalegre são provas que, pela sua rapidez, nos são tradicionalmente menos favoráveis, mas estamos focados em dar o nosso melhor para podermos cumprir esse sonho. 

2. Que balanço faz do Campeonato até este momento?

O melhor possível. Apesar da excelente época que fizemos em 2015, sabíamos no início desta época que não eramos os principais favoritos ao título. Mas, tirando os problemas que tivemos logo na prova inaugural, na Baja Rota do Douro, e que provavelmente nos retiraram a vitória na prova, tem sido um campeonato onde temos conseguido juntar a regularidade à competitividade. Vencemos duas das quatro provas até ao momento, e conseguimos mais dois segundos lugares. Para além disso, conquistámos 5 dos 12 pontos extra referente às vitórias em especiais. Destaco a enorme alegria de vencer a prova de Reguengos, onde nem sempre fomos felizes e onde nunca tinha vencido antes. Tal como a vitória na Baja do Pinhal, foi um momento de enorme felicidade para toda a equipa. Por tudo isto, o balanço é extremamente positivo já que felizmente e fruto do excelente trabalho de toda a equipa as coisas estão novamente a correr-nos muito bem e acima das nossas expectativas. Seja como for a diferença para o João Ramos (2º classificado) é de apenas 9 pontos e tudo está ainda completamente em aberto. Para o bem da modalidade tem sido novamente um campeonato extremamente competitivo e onde somos obrigados a dar tudo por tudo a cada quilómetro. Estamos novamente na discussão do título frente a duas grandes equipas e referências da modalidade, como são o João Ramos-Vitor Jesus e o Miguel Barbosa-Miguel Ramalho. Mas para além desta luta que tem sido mais a três, há uma série de bons pilotos e máquinas que estou certo irão ainda ter uma palavra a dizer até ao final do campeonato e em campeonatos futuros. Para mim, que para além de piloto, sou um apaixonado pela modalidade, fico muito feliz ao sentir a competitividade do nosso campeonato.    

3. Acha que está em condições que arrecadar o primeiro título absoluto no Nacional de Todo-o-terreno? Quais os seus pontos fortes?

Somos pelo menos um dos candidatos a fazê-lo e, como disse anteriormente, queremos muito consegui-lo. Os pontos fortes têm sido claramente a consistência que penso tem marcado o nosso percurso na modalidade, juntando-se a isto um Opel Mokka Proto que tem aguentado tudo. A nossa equipa tem conseguido evoluir o carro até ao ponto de juntar a fiabilidade à competitividade, permitindo-nos lutar pelas vitórias. Sabemos que não dispomos dos meios e orçamento de outras equipas, mas isso é para nós motivo de ainda maior orgulho e motivação.